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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sábado, 14 de janeiro de 2012

A Verdadeira Devoção à Nossa Senhora

 


"Vesti com Modéstia,
com muito pudor;
olhai como veste
a Mãe do Senhor"


(Hino: À 13 de Maio).

A Modéstia e a Devoção à Nossa Senhora


Virtude Encantadora


"A Modéstia tem tal parentesco e relação com a Castidade, que faz parte dela e, por isso, se as­semelha a ela na beleza, na formosura e encantos divinos que a cercam.

A Modéstia como a Pureza é uma virtude agradabilíssima aos olhos de Deus e também aos olhos dos homens. Vê como se torna aborrecida a todos uma pes­soa atrevi­da, desenvolta, descarada e sem vergonha. Compara-a com uma outra de aparência tí­mida e talvez acanhada, mas envolvida nesse véu celestial de Modéstia, de sim­plicidade, de pudor, de rubor e de simpáti­ca vergonha.

É o complemento necessário e indispensável de uma alma pura e, mais ainda, de uma alma vir­gem. São Paulo anima-nos a praticar a Modéstia, quando diz: 'A vossa modéstia seja vista e reconhecida por todos os homens'. E acrescenta esta pode­rosa ra­zão: 'Pois o Senhor está perto de vós'. Isto é, se conservais a presença de Deus e vos dais conta de que Deus presi­de a todos os vossos atos, sereis ne­cessariamente modes­tos. São Francisco de Sales insiste na mesma razão e diz: que 'em todos os nossos atos devemos ser sempre muito modestos, pois estamos sempre na presença de Deus e à vista dos seus Anjos'. Vê bem como esta virtude rece­be do Céu mesmo todo o seu en­canto, dignidade e atrativa beleza. E assim compreenderás a ra­zão por que a Santíssima Virgem tanto amava esta virtude. A reverência que sentia para com a Majestade de Deus, a quem via e tinha presente na Pessoa de seu Filho, o amor san­to, venera­ção e respeito profundo que sentia para com a Divindade, a sua perfeitíssima e contínua pre­sença e conversação com Deus, foram a causa de que Ela aparecesse sempre como a Vir­gem modestís­sima, Maria! que Modelo de encantadora Modéstia! No seu semblante, no seu olhar, nos seus modos, no seu porte, aparecia uma santa gravidade e seriedade acompanhada de uma inexplicável suavidade e de uma doçura celestial e divina. Assim era a sua Modéstia, grave e simpática ao mesmo tempo, uma Mo­déstia rigorosa que não admitia o mais pequeno descuido, mas sempre natural e simples, sem violência nem ridi­cularias, afável e atraente sem leviandades nem gracejos, sem soberba nem desconfian­ça. To­dos os que a viam ficavam absor­tos naquela Modéstia e recato que nada tinha de carrancudo nem de melancólico. Jamais se viu Nela a mais pequenina inconveniência nem a mínima incorreção. Que beleza tão harmoniosa em todo o seu ser, produzida por esta tão encantadora Modéstia.

Virtude Protetora


A Modéstia é a virtude protetora da Castidade, é a sua melhor defensora, é o ba­luarte natural da Pureza. Não é possível ter uma alma pura, sem que todos os sentidos estejam refrea­dos e regulados pela Modéstia. A vista, o ouvido, a imaginação, são outras tantas portas que se se deixam abertas, ou se abrem deliberada­mente a todas as im­pressões que a elas chegam, fa­cilmente entrará por elas o pecado e a morte deriva­dos da concupiscência.

Além disso, a Modéstia isola-nos e separa-nos da vida do mundo e facilita a vida de fer­vor, evitan­do a dissipação que produz o derramamento dos sentidos, conver­tendo a alma como que num templo onde Deus habita e com quem tem grande familiari­dade. Assim amava Maria a sua Modéstia, como a sal­vaguarda do seu Virginal Coração, como o meio melhor de desprender-se de todos os atrativos exterio­res, como o modo mais prático de viver toda e só para Deus. E como manifestação desta sua profunda Modés­tia, contempla com fervor aquela vergonha, aque­le rubor, mais que angelical que circund­a o seu semblante. Contempla-a diante do Arcanjo na sua Anunciação, surpreen­dida pela vista inesperada da­quele encantador mancebo, e ainda que Maria sabe que é um Anjo, e ainda que nada possa temer, con­tudo, ruboriza-se, tinge-se de ver­melho o seu rosto, perturba-se, e presta, com essa perturbação uma ho­menagem à sua Imacula­da Pureza e à sua Virginal Modéstia. Ah! Como é simpática esta vergonha que assim sobe ao rosto, de quem possui um coração inocente, delicado, puro e modesto! Vê aque­le jo­vem que se chamou Estanislau Kostka, ruborizar-se, envergonhar-se de tal modo, ao ou­vir uma palavra inconv­eniente, uma expressão grosseira ou malsoante, a ponto do seu coração fazer subir ao ros­to todo o seu sangue, ficar sem vida e cair desmaiado. De quem aprendeu ele esta delicadeza, esta esquisita sensibilidade senão de sua Mãe? Da­quela a quem não podia deixar de amar pois que era sua Mãe? A Modéstia, a vergonha, o rubor, é o distintivo do homem. Entre os animais não se dá isto, nem mesmo en­tre os homens que chegaram a esse estado de rebaixamento irra­cional próprio do pecado ani­mal e sen­sual. A Modéstia e a vergonha é a barreira que se levanta entre o homem e o animal; e por isso mesmo a vergonha, na presença do animal, ruboriza as fa­ces com o que se chamou a púrpura da Castidade, que é o rubor. Pede a tua Mãe esta santa ver­gonha, este encantador rubor que demonstra ao mundo, a tua pai­xão pela Pureza, pela Casti­dade, pela Modéstia que a defende.

Virtude Edificante


Quão formosa e edificante aparece a todos os olhos a Modéstia! É qualquer coi­sa que arrasta, que se impõe, que se pega aos outros. Todos os pecados feitos na pre­sença do próximo podem servir de escândalo e de mau exemplo, mas entre todos, o pe­cado impuro é o que mais serve para escandalizar e o que com mais razão tem este nome de escândalo. Do mesmo modo, todas as virtudes podem ser­vir de edificação ao próximo, mas a Modéstia leva a palma. Que pode haver de maior edificação que a Mo­déstia no falar, no rir, no andar, em todo o porte de uma alma que assim se nos mostra no exterior? Ninguém olhou para Maria que não se edificas­se e não se convencesse de que era a sua Modéstia Virginal a que arrastava a quantos a con­templavam, a amá-la, e excitava em todos uma grande e irresistível afeição à virtude e à santi­dade.

Conta-se de São Francisco de Assis, que pregava somente com a sua pre­sença humilde e mo­desta e que movia com o seu recolhimento e gravidade à devoção, ao lou­vor de Deus. Que não diremos da Santíssima Virgem? Que constante e eficaz a sua pre­gação! Seria essa uma das obras de zelo apos­tólico a favor das almas. O seu exemplo era, sem dúvida, a suave e delicada e por vezes irresistível ma­neira de difundir e até de impor aos outros, compostura e recato nas palavras, modos e atitudes, etc. Quem se atreveria, em sua presença a proceder de outro modo? Por que não A imitas nisto? Por que não te impões também para que difundas em volta de ti o amor à Pureza e à Mo­déstia, e para que todos sai­bam que na tua presença não se pode proceder, falar, ou apresentar-se de modo incorreto e inconvenien­te?

A Modéstia Interior


Em geral, a Modéstia é a virtude que regula todos os atos externos, dando-lhes a devida com­postura e decoro, apresentando-se assim aos olhares do próximo, como qualquer coisa dig­na, nobre e formosa. Mas a Modéstia exteri­or necessariamente há de proceder da interior que consiste em moderar e dirigir os movi­mentos desordena­dos da alma segundo a divina vontade. A Modéstia exterior pode-se fingir e será então um re­pugnante ato de hipocrisia. A Modéstia inte­rior é a única que pode dar vida à Modéstia exterior. Não deves, portanto, procurar conseguir uma aparên­cia de modéstia pos­tiça e mentirosa, com porte e maneiras externas que pareçam muito modestas, deixando de­pois que o teu coração seja vítima das baixas inclinações da concu­piscência.

Quando a verdadeira Modéstia existe, é tal a união que se dá entre a exte­rior e a interior, que uma não anda sem a outra, as duas ajudam-se mutuamente, de sor­te que a compostura ex­terior deve proceder sempre de um interior perfeitamente com­posto e or­denado, e a interior en­contrará a sua melhor defesa e sustentáculo na exterior. São Francisco de Sales explica isto com a seguinte comparação: 'Como o fogo produz a cin­za, e a cinza serve admiravelmente para manter e conservar o fogo, assim  acontece com estas duas Modéstias, que a interior produz a exterior e esta mantém e conserva a interior de onde brotou'.

Esta Modéstia interior é de duas classes: uma que refreia os movimentos da concupis­cência e os atos internos do entendimento, da imaginação e da vontade, que nos levam ao peca­do da impureza, e a outra Modéstia é a que modera os movimentos da alma, que têm relação com a soberba e a vaidade. Assim, quando louvamos a uma pes­soa dizemos que não queremos ferir a sua Modéstia, e outras vezes admiramos a Mo­déstia das pessoas que pelos seus méritos, pelas suas virtudes, pela sua dignidade, po­diam dar-se mais importância. Esta Modéstia, como se vê, praticamente reduz-se ao exercício da verda­deira humildade, por isso a alma humilde há de ser necessariamente modesta interior e exteriormente.

Quanto a esta Modéstia, é evidente que ninguém pôde jamais comparar-se com a San­tíssima Virgem; ninguém houve com mais merecimentos, virtudes, santidade, digni­dade e gran­dezas divinas. Quem foi, apesar disso, mais simples, afável, caritativa, pobre e humilde do que Ela? E, portanto, quem mais modesta quanto ao desprezo que fa­zia da importância da Sua pes­soa e da Sua própria excelência?

E quanto à Modéstia oposta à concupiscência, onde encontrar uma ordem mais comple­ta, uma submissão mais perfeita de todos os seus pensamentos, sentimen­tos e afeições à regra da razão e desta à Vontade de Deus?

A Modéstia Exterior


Vejamos, porém, mais em concreto esta Modéstia in­terior refletida em todos os atos ex­teriores do corpo e, principalmente nos seguintes:

1 ─ Nas Palavras: Imagina como seriam as da Santíssima Virgem, que es­tava persuadi­da de ser a última das escravas do Senhor; palavras de edificação e de  encan­tadora Modéstia, ao considerar, cheia de gozo, os imensos benefícios de que o  Se­nhor a cumulara; a Ele dirige o seu agradecimento e os seus louvores, e admirar-se-á que o Todo Poderoso tenha posto os seus olhos na 'miséria da sua es­crava'. Estava simples­mente e firmemente persuadida da falta de me­recimentos da sua parte e por isso quão longe estava em suas palavras, de atribuir a si coisa al­guma! Aprende Dela esta Modés­tia no falar, tanto no tom da voz, não querendo impor-te com gri­tos, nem com palavras nervosas e excitadas, como na simplicidade e caridade das tuas expres­sões.

À imitação de Maria, evita as palavras duras, bruscas, malsoantes. Vê como a lingua­gem de tua Mãe é tranquila, afável, discreta, humilde, tornando-se simpáti­ca e atraente pela do­çura de voz, pela von­tade, pureza, caridade e até alegria santa das suas palavras. Tem cuidado, em especial, com as disputas e bate-bocas; ainda que te­nhas ra­zão, deves moderar o teu juízo próprio, cedendo, sem ser teimoso nem ter cabe­ça dura; é melhor ceder e calar com Modéstia, que sair triunfante com teimosia e sober­ba.

Não é compatível com a soberba a sã alegria que em piadas, passatempos e brincadeiras se podem manifestar. Mas, ah! Como é fácil em tudo isto, passar os limites da correção e da Modéstia!

2 ─ No Vestido e na Habitação: A pobreza da Casa de Nazaré, própria de uma operária, faz que nela tudo seja humilde e modesto em último grau. A simplicidade e Mo­déstia do seu ves­tido avalia-a pela extrema necessidade de Belém e verás como nem em casa de Maria, nem no enxoval e vestido, encon­trarás coisa alguma que indique luxo, afetação da sua pessoa, comodi­dade de algum gênero.

Nas suas viagens não usará carruagens, nem mesmo as mais modestas de en­tão. O Evangelho nada mais diz senão que foi, por exemplo, à Judéia, com grande pres­sa, pois a esti­mulava a caridade. Eis toda a sua preparação e equipagem: uma pobre trouxa de roupa e muito amor de caridade para com Deus e para com o próximo. Que exemplo de simplicidade e Modés­tia! Não é Modéstia a falta de asseio, o vestuário de­sarrumado; ao contrário, pode haver Modés­tia em meio de uma sóbria elegância, con­tanto que, esta seja conforme o teu estado, a tua con­dição, e as circunstâncias que te ro­deiam; mas nunca será compatível com o luxo, com a vaida­de dos vestidos, e menos ainda com qualquer defeito por peque­no que seja, em matéria de ho­nestidade.

Tem muito cuidado neste último ponto e não esqueças, que na igreja e na rua, em públi­co e em particular, deves vestir sempre modestamente. É intolerável o per­mitir-se, ao estar em casa, modos de vestir impudicos ou pelo menos muito livres; não há pre­texto nem razão que possam autorizar isto. A Mo­déstia deve acompanhar-te em todos os instantes da tua vida.

3 ─ Nas Maneiras: Isto é, em todos os teus atos exteriores que realizas pe­rante os ou­tros. Mo­déstia no semblante e particularmente nos teus olhos, não só para evitar os olhares pe­caminosos, mas também, para evitar a excessiva curiosidade de quem tudo quer ver e observar. Modéstia nas posições do andar, ao sentar-te, não bus­cando preci­samente a posição mais cô­moda, senão a mais conveniente. Modéstia em to­dos os teus movimentos, evitando tudo o que seja leviandade e desenvoltura, e muitís­simo mais tudo o que não seja decoroso e digno.

Acostuma-te a esta Modéstia, ainda estando só, para que assim natural­mente a prati­ques diante dos outros. É muito conhecido o caso de São Francisco de Sa­les, que observado quando se encontrava só no seu quarto, guardava os mais pequenos precei­tos da compostura e da Modéstia. Procedia sempre como se o vissem os Anjos do Céu e na presença de Deus.

Nota, de modo especial, tudo isto na Santíssima Virgem e verás o conjunto admi­rável de todos os seus atos executados com aquela naturalidade, e simplicidade, fran­queza, e ao mesmo tempo delicade­za, honestidade, e prudência próprios da santa Mo­déstia. Examina-te um pouco nesta matéria, e pergunta a ti mesma como guardas a Mo­déstia interior do teu coração, e a exte­rior do teu corpo e de todas as tuas maneiras"(Dr. D. Ildefonso Rodriguez Villar, "Pontos de Me­ditação sobre as Virtudes de Nossa Se­nhora", Meditações 31ª e 32ª, pp. 192-204; Traduzido da 5ª edição, revisto pelo R. Pe. Manuel Versos Fi­gueiredo, S. J., Porto, 1946).

► A verdadeira devoção à Santíssima Virgem Maria é acompanhada da "de­voção inte­rior sem desprezar o exterior de modéstia"(S. Luís Mª Grignion de Mont­fort, "Tra­tado da Ver­dadeira Devoção à Santíssima Virgem", Cap. III, Art. I, n. 96, p. 101 3ª edi­ção, Vozes, 1946).

► A verdadeira devoção à Santíssima Virgem Maria "torna a alma corajosa para se opor ao mundo em suas Modas e Máximas, à carne, em seus aborrecimen­tos e paixões, e ao Demônio, em suas tentações"(S. Luís Mª Grignion de Montfort, ob. cit., n. 109, p. 109).

"Hão de vir umas Modas que hão de ofender muito a Nosso Se­nhor. As pessoas que servem a Deus não devem andar com a Moda. A Igreja não tem Mo­das. Nosso Senhor é sempre o mesmo..."(Palavras de Nossa Senhora  de Fátima aos três Pastorinhos em 1917).

A Beata Jacinta Marto "ao ver algumas pessoas, que iam visitar outros doen­tes, (e que) ves­tiam-se imodestamente, e que algumas enfermeiras mostravam cer­tos exageros no traje pouco conveniente, repetia: 'Para que  serve aquilo? Se sou­bessem o que é a eter­nidade! ... Se os ho­mens soubessem o que é a eterni­dade, como haviam de fazer tudo para se emendarem!".

E, por fim, ela "chorou tanto ao ver-se despida nas mãos dos médicos!"(R. Pe. Luís Gonza­ga Aires da Fonseca, S. J., "Nossa Senhora da Fátima", Cap. XIII).

"Um dos encantos prediletos (de Nossa Senhora) é a Modéstia no ves­tir"(Frei Ber­nardino, "O Segredo de Fátima", pp. 138-139).

► "O Venerável Lopes, declamando contra o modo de trajar de muitas mulhe­res, diz as­sim: 'Que loucura quererem andar assim vestidas, imitando mais uma come­diante, do que a Virgem Santíssi­ma! Vê-de como Ela andava, e como vós andai, e envergonhai-vos'.

Nossa Senhora aparecendo a Santa Brígida, como se lê nas suas Revela­ções, Lhe disse deste modo: 'Abstenham-se as mulheres de vestidos de ostentação, que por soberba e vai­dade se tem introduzido, porque o Demônio é quem as tem ensi­nado para que, desprezan­do os costumes anti­gos e louváveis, tomem esse abuso dos adornos na cabeça, nos pés e nas demais partes do cor­po, que não serve se­não para provocar a luxúria e irritar a Deus'"(R. Pe. Fr. Manoel da Madre de Dios, O. C. D., "Práticas Mandamentais ou Reflexões Morais sobre os Mandamentos da Lei de Deus e os abusos que lhe são opostos", 1871).

"Quem quisesse implorar à Virgem a cessação dos flagelos, sem um sério pro­pósito de reforma de vida privada e pública, estaria pedindo simplesmen­te a impunidade da culpa, o direito de regular a própria conduta não com a Lei de Deus, mas com as pai­xões desenfreadas. Tal súpli­ca seria a negação e o contrário da sú­plica cristã, seria uma injusti­ça a Deus, uma provocação à Sua justa cólera, um obstinar-se no pecado, que é o único e verdadeiro mal do mundo"(S. S. Pio XII, "Homilia" de 13 de Junho de 1944, na Igreja de Santo Inácio).

"Se, sobretudo, quiséssemos conversar intimamente convosco, ó Mãe Castíssi­ma, ó Mãe Imaculada, que lições de pureza nos darias... Conversam cordial­mente convos­co es­sas almas, tal­vez boas no fundo, mas sem energia contra  as Modas absurdas, que podem apresentar-se a Vós, ó Puríssima, sem envergonhar-se de seus trajes imodestos?"(R. Pe. Carlos Suavé, S. S., "S. Ber­nardita y la Intimi­dad de Lourdes − Elevaciones Dogmáticas", Cap. II, 19ª Elevación, Ponto II, 3).

"Como, pois, podem ser verdadeiras devotas da Virgem aquelas espo­sas e jo­vens cris­tãs que em tão pouca conta têm à santa virtude da Modéstia, tão essen­cial à na­tureza da mulher? Custa-nos crer que senhoras e donzelas que seguem à risca os exces­sos da Moda atual e andam de vestidos exageradamente de­cotados, de braços nus, de face e lá­bios escandalosamente pinta­dos, possam ser, não digo fiéis e sinceras devotas da Vir­gem, mas ao menos almas positivamente cristãs!

Não se pode ser verdadeiramente devota da Virgem e ao mesmo tem­po en­tregar-se ao tor­velinho e à vertigem desenfreada do mundo, praticando à ris­ca o que este tirano exi­ge de seus es­cravos e adoradores! Como é que se podem conci­liar, na prática da vida, coisas tão opostas e contraditórias, como são: a devoção eficiente e positiva à Virgem Ma­ria e a cega subserviência às pompas, às vaida­des, às disfarçadas indecências do mundo? Oh! a malícia do cristão é enorme, e sua falta de lógica e coerência flagrante, quando ele se ilude pretendendo ser pie­doso e devoto na igreja e libertino na rua, entre os colegas, na sociedade; em casa rezar, e no teatro (cinema, televi­são) assistir a espetácu­los indecentes; confessar-se pela Páscoa, ser irmão de uma Irmandade Católica, e ao mesmo tem­po perten­cer a Sei­tas proibidas pela Igreja! E é justamente essa mistura absur­da de atos contraditóri­os, o que se dá na época atual, arruinando aos poucos o cará­ter do ho­mem moder­no, e paganizando não poucos dos nossos cristãos incautos e alucinados!

Seja, pois, piedosos fiéis, sincera e coerente nossa devoção para com a Vir­gem Maria; amemos e veneremos verdadeiramente a Maria, nossa Mãe, esforçan­do-nos por imitar Suas virtu­des, e cumprindo com a Lei de Seu Divino Filho e nos­so adorável Salva­dor, Jesus Cristo"(R. Pe. Dr. Felicio Magaldi, "A Ação Católica se­gundo Pio XI", Cap. "Discurso de Encerramen­to do Mês de Maio").

"São tantas as almas que a Justiça de Deus condena por pecados, contra Mim cometi­dos, que venho pedir reparação: sacrifica-te por essa intenção e ora"(Nossa Senho­ra à Irmã Lúcia, "Documentos de Fátima", pp. 463-465; pelo R. Pe. Antônio M. Martins, S. J.).



Palavras de Nossa Senhora em Lourdes:

Se queres te aproximar de Mim, foge do mundo.

Se queres Me agradar dá-me o teu coração.

Se queres Me imitar guarda a inocência.

Penitência. Penitência. Penitência.
Fonte: Acessar o ensaio "Reminiscência sobre a Modéstia no Vestir" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".

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