Blog Católico, para os Católicos

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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Divino Espírito Santo concede o Dom das Línguas a todas as pessoas que o pedirem?



Respostas dos Erros Modernos


"Só se tem o Espírito se se tiver o Dom de Línguas... para orar em línguas basta abrir a boca e começar a orar. Se houver alguma dificuldade, imite alguém. Aos poucos, o Senhor lhe dará o Dom de Lín­guas... Muitos dos que estiveram presentes às sessões de treinamento diri­gidas por mim, reconheceram o Método de Seminários que emprego como meio de ajudar as pessoas a alcançar o Dom das Línguas. Minha ex­periência pro­vou que este Método realmente funciona... Es­peramos que você, ao entrar em contato com o nosso Método, possa receber não só ensinamentos, mas o pró­prio Dom das Línguas, que lhe enriquecerá a vida... Não há razão para que, num Grupo de Ora­ção, todos não estejam orando em línguas dentro de 14 dias... Sabemos por experiência que o Se­nhor usa com frequência um indivíduo... Orar em línguas é como aprender uma nova língua, um pouco de cada vez, até que fi­nalmente ela se torne clara... o Espírito passa além de seu espíri­to por meio do meca­nismo de sua voz, e você começa a falar em línguas... ‘Vá ao seu quar­to, ou a qualquer parte em que possa estar só, ajoelhe-se e peça ao Senhor que lhe conce­da o Dom das Línguas. Depois, cheio de Fé no Senhor e em sua bondade, olhe para Ele com os olhos da Fé. Abra a boca. Inicie um canto ou repita sílabas ao Senhor, sílabas que não fa­zem sentido, como as de uma crianci­nha que ainda não sabe falar. Deixe vir o fluxo da oração. Se você conseguir orar, isso é o Dom das Línguas. O desconforto que sentir provém de seu or­gulho, que lhe dói. Isso passa. Agradeça ao Senhor o novo Dom de Contem­plação que recebeu’ (R. Pe. Robert Faricy, S.J.)... O Dom das Lín­guas... vale para todos (Mc. 16, 17)... (é) a primeira manifestação da efu­são do Es­pírito Santo, para todos aqueles que desejam viver uma vida em co­munhão com Deus... Alguns ainda objetam que este Dom não é para to­dos, apesar das Palavras de Paulo que ‘aquele que reza em línguas edifi­ca a si mesmo, mas o que profetiza edifica a Igreja’ (I Cor. 14, 4)... Numa Comuni­dade, aqueles que não recebem o Dom das Línguas sofrem, como consequência. Dizer a essas pessoas que o Dom de Línguas não é para todo mundo, con­vencê-las de que elas nunca o receberão, não ajuda em nada... Melhor do que dizer que línguas não é para todos, é ensinar essas pessoas como se podem abrir para recebê-las... Re­zar em línguas é avançar na Fé... E sabe­mos que na Re­novação Carismática o Senhor tem sido muito generoso em dar o Dom de Línguas. Ele dá esse Dom com regularidade... Quando for re­zar em línguas, você tem que falar, e quando falar sons e sílabas, seja fiel a Deus nisso... Esse Dom não é algo que vem a nossa cabeça. Não é ter uma frase com­pleta, com muitas palavras passando em nossa cabeça, e então se começa a fa­lar. Não é assim... O Senhor quer que nós sejamos livres disso... É importan­te também não nos preocuparmos, se é do Espírito Santo ou de nós mes­mos. Você pediu, e o Senhor vai lhe dar o Dom. Você pediu, e Deus é fiel. Ele vai agir. Talvez no começo você só vai falar umas palavras. Talvez só uma palavra. Mas Ele, que é fiel em coisas pequenas, vai ser fiel nas grandes... Antes de dar algumas indicações que possam ajudar o cristão a orar com liberdade no Espírito, desejamos afirmar aqui a nossa convicção de que a ‘Glosso­lalia’ é um Método de oração que produz paz e tranquilidade na alma do crente... A pri­meira colaboração que se pode esperar de um crente é que admita a existência da Glos­solalia, e a possibilidade de que possa pessoalmente receber esse Dom... E depois pedi-lo. É uma Graça que se pode pedir como qualquer outra... Para isso, uma colaboração elementar que deve o orante dar é abrir os lábios, e segundo muitos aconselham, pro­nunciar sílabas, sem se preocupar demasiado com seu significa­do...” (Emmir Nogueira, ob. cit.; R. Pe. Robert DeGrandis, ob. cit.; Secretaria Paulo Apóstolo, ob. cit.; RR. PP. Tomás Forrest e Diego Jaramillo, além do sr. Doug Gavrilides, ob. cit.).

► “Há muito tempo, peço a Deus que conceda às pessoas a efusão do Espí­rito San­to... Pensa­mos que só os grandes santos podem ter o dom das lín­guas, quando ocorre justa­mente o contrário: Te­mos que ceder ao dom... se você não fa­lar, o Senhor não lhe dará o dom. As­sim é que começa o dom de línguas; a pessoa começa a soltar os sons, e então o Es­pírito Santo que está em nós dá o sen­tido, o conteúdo daquilo. Por que muitos não conse­guem rece­ber? Porque não sabem disso... Deus quer essa graça para todos... Todos os seus precisam, todos os grupos precisam, e podem orar em línguas... mas pode­mos e deve­mos orar em línguas...” (R. Pe. Jonas Abib, ob. cit., PP. 58, 59, 61, 63).

► “As variedades de línguas são a manifestação da mente de Deus por in­termédio dos órgãos da fala do ser humano... É necessário estar com o coração aberto apenas para o Se­nhor Espírito Santo e esperar, com louvores ao Senhor Jesus, o Dom de Línguas estranhas” (Pr. Edir Macedo, ob. cit., pp. 109-110).

► “Como acontece com todas as bênçãos espirituais, importante é es­tar o coração pre­parado para receber a experiência... Se você tivesse que pensar nas palavras que iria dizer, então nada haveria nisso de sobrenatural. É o Espírito, po­rém, quem lhas concede. Após ter você expulsado da mente todo pensamento es­tranho, em oração tê-la convergido no Senhor, começará, pela fé, a pronunciar as pala­vras que estão em seu coração. Você não as entende­rá, mas isso não import­a. Não tenha receio da sua voz, pois as palavras irão parecer-lhes es­tranhas. A princípio poderão mesmo soar como as de uma cri­ancinha aprendendo a falar... Não se deixe hesitar. Pronuncie-as com clareza. Fale o que Deus lhe pôs no cora­ção. Respire fundo e comece a falar em línguas, pois se você é salvo, deve lem­brar-se de que tem Cristo em sua vida... Quando alguém fala um idioma qualquer, faz uso da língua, dos dentes e das cordas vocais. Você deve pois agir exatamen­te da mesma forma ao falar em línguas estra­nhas... Se o que diz o Apóstolo Paulo em I Coríntios 14:4 é exato, a saber, que ‘o que fala em outra língua a si mesmo se edifica’, então, todo aquele que recebeu o batismo no Espírito San­to deve orar em línguas diariamen­te. Essa prática nos edificará nas coisas de Deus...” (Sr. e Sra. Gordon Lindsay, ob. cit., pp. 163-164, 167-168).



Respostas dos Ensinamentos Tradicionais da Igreja Católica


"Quem dera que todo o povo profetizasse, e que o Senhor lhe desse o Seu Es­pírito..." (Núm. 11, 24-30).

Não, não é concedido à todos, aliás, raramente é concedido, porque “é dado esporadica­mente a alguns membros da Igreja” (D. Antônio Afonso de Mi­randa, ob. cit.).

É uma ilusão e “um sonho (n.c: e não deixa de ser um erro)..., imagi­nar que à to­dos seja con­cedido o Dom das Línguas, pois, é limitado a algu­mas pessoas... Não, por­que as Graças do Espíri­to não são distribuídas a to­dos da mesma maneira, nem na mes­ma pro­porção: ‘A cada um de nós foi dada a Graça, segundo a medida do Dom de Cristo’ (Ef. 4, 7). Não, porque além de não serem iguais as Graças concedidas, também é certo que nem todos coo­peram com a Graça da mesma forma...

Mas agora perguntamos: estas transformações extraordinárias se tem que ope­rar neces­sariamente em todos?

Não, porque Deus não quer levar todas as almas pelo mesmo cami­nho” (Mons. Lúcio Navar­ro, “Legítima Interpretação da Bíblia”, Part. I, Cap. V, N. 103).

► "E também por este motivo, quando foi necessário que poucos ho­mens pre­gassem a Ver­dade da Fé a muitos povos, alguns foram divinament­e instruídos para fala­rem várias línguas" (S. Tomás de Aquino, “Suma contra os Gentios”, Vol. II, Liv. III, Cap. CLIV, nº 3261).

► “Dom das Línguas, chamado Glossolalia (Dom de falar várias lín­guas), ao que se refe­re S. Paulo, quando enumera as nove espécies de Dons que são des­critos como ‘gratiae gratis datae’. Estes são obra do Espírito Santo em certas al­mas escolhidas, para o bem comum de toda a Igreja, como po­demos ver com o que aconteceu no dia Pentecostes aos Apóstolos, Milagre este que tem sido reno­vado no decorrer das idades” (Cardeal Alexis Henri M. Lepicier, O.S.M., “O Mundo Invisível”, Part. III, Cap. I, Art. II, N. 4).

► “Acaso… falam todos diversas línguas?... (I Cor. 12, 30-31). Obvia­mente não, por­que nem todos recebiam todos os Dons. Nem era importante que quaisquer indivídu­os da­dos devessem possuir ou procurar qualquer de­les. Nem deviam ser procurados Dons que meramente outorga­vam o poder de fazer coisas extraordinárias, mas o que era para se procurar eram Graças que san­tificassem a alma de cada um: ‘Aspirai a melhores Dons’, escreveu o Apóstolo das Gentes, ‘vou mostrar-vos um caminho ainda mais exce­lente’ (I Cor. 12, 30-31). E dedicou todo o capítulo seguin­te da sua Epístola a acentu­ar a necessida­de de cultivar a Caridade e a Virtude Cristã Pessoal” (R. Pe. Dr. L. Rumble, M.S.C., ob. cit.).

► “As Graças ‘gratis datae’, respondemos, são concedidas por Deus aos que de­vem ocu­par-se com a eterna salvação do próximo e em pro­porção da cooperação que os mesmos devem prestar a essa nobilíssima ta­refa...” (R. Pe. Gabriel Roschini, O.S.M., ob. cit.).

► “Certamente, assim como vemos que nunca se acham dois ho­mens perfeita­mente se­melhantes nos Dons Naturais, assim também nunca se acham dois perfeita­mente iguais nos Dons Sobrenaturais... E, assim como no Céu ‘ninguém sabe o nome novo senão aquele que o recebe’ (Apoc. 2, 17), por­que cada um dos Bem-aventurados tem o seu nome particular segundo o ser novo da Glória que adquire, assim também na terra cada um recebe uma Gra­ça tão particular, que todas são diver­sas. Por isso, Nosso Salvador (S. Mat. 13, 45) compara a Sua Graça às pérolas que, como diz Plínio, se chamam por outro modo, uniões, porque são tão únicas cada uma nas suas qualidades, que nunca se acham duas que sejam perfeitamente iguais; e, assim como ‘uma estrela é diferente da outra em clari­dade’ (I Cor. 15, 41), assim também, os homens se­rão diferentes uns dos outros na Glória, sinal evi­dente de o haverem sido na Graça. Ora, essa variedade na Graça, ou essa Graça na varie­dade, faz uma mui sagrada beleza e mui suave harmonia, que rejubila toda a Santa Cidade da Jeru­salém Celeste... Ora, o mesmo sucede nas coisas sobrenaturais: ‘Cada pes­soa tem seu Dom; um assim, e outro assim’ (I Cor. 7, 7), diz o Espírito Santo” (S. Francisco de Sa­les, “Tratado do Amor de Deus”, Liv. II, Cap. VII).

► “Estes Dons são distribuídos pelo Espírito Santo ‘como lhe apraz’ (I Cor. 12, 2). O sol, ilumi­nando as flores, faz-lhes espargir diferentes perfumes; as­sim o Espírito Santo, com a Sua Luz Divina, produz nos justos resultados di­versos e concede-lhes Dons ‘segundo o temperamento’ deles (Luís de Gra­nada)” (R. Pe. Francisco Spirago, ob. cit.).

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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".

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