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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Os Carismas Extraordinários são Sinais certos de Salvação?



Respostas dos Erros Modernos

O Dom das Línguas “é sinal (como todo os outros Dons) da salva­ção em Je­sus Cristo: re­zar em línguas é avançar na Fé... Re­zar em línguas, simples­mente, é coo­perar com a Graça... é a mais ampla porta de entrada no mundo dos Caris­mas... para a edifi­cação pessoal, a Glossolalia é de mai­or valor que os outros Carismas... pode ser sinal da pre­sença de Cristo e do Espírito na Comunidade... Receber o Dom das Línguas, é receber um Dom de Con­templação... Orar ou cantar em línguas, são so­mente duas for­mas de oração” (Se­cretaria Paulo Apóstolo, ob. cit.; Emmir Nogueira, ob. cit.; RR. PP. To­más For­rest, Diego Jara­millo e Robert Fa­ricy, e o sr. Doug Gavrilides, ob. cit.).

► “Fale o que Deus lhe pôs no coração. Respire fundo e comece a fa­lar em línguas, pois se você é salvo, deve lembrar-se de que tem Cristo em sua vi­da. Co­lossenses 2, 9 decla­ra: ‘Por­quanto Nele habita corporalmente toda a pleni­tude da Divindade’. Creia que possui o Espí­rito Santo” (Pr. Gordon Lindsay, ob. cit., p. 164).


Respostas dos Ensinamentos Tradicionais da Igreja Católica

Não. Porque Nosso Senhor afirma: “Nem todo o que Me diz: ‘Se­nhor, Se­nhor’, en­trará no Rei­no dos Céus; mas o que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus, esse entra­rá no Reino dos Céus. Muitos Me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu Nome, e em Teu Nome ex­pelimos os Demônios, e em Teu Nome fizemos muitos Mila­gres?’ E então, Eu lhes direi bem alto: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim (pena de Dano), vós que obrais a iniquidade ... e ali haverá choro e ran­ger de dentes (pena dos sentidos)...” (cfr. S. Mat. 7, 21-23; 10, 8; 16, 23; 26, 24; S. Luc. 10, 19; 13, 28; S. Jo. 13, 18; Salm. 40, 10).

Não. Porque “pode-se ter o Dom dos Milagres e perder a alma. Os Mi­lagres não dão cer­teza alguma de salvação (S. Fulgêncio). O próprio Judas, diz-se, fez Milagres (S. Mat. 10, 1-4. 8)” (R. Pe. Francisco Spirago, ob. cit.).

Não. Porque “houve entre os Santos os que tiveram êxtases e so­nhos, mas não é nis­so que deves invejar a sorte deles... Judas, conforme a Tra­dição, fez Milagres, mas con­denou-se . Não le­mos que S. João Batista os te­nha fei­to, e todavia, o Filho de Deus lhe tece no Evangelho os mais elevados elogi­os.

Constantemente fiéis foram eles à vontade de Deus: eis o que deves me­ditar e procu­rar imitar... Pensa bem que Deus não tornou dependente a tua sal­vação de Extraordinári­os Dons da Natureza ou da Graça... senão antes, a (tua) constante fidelidade a todos os deveres da Religião... (e) a san­tidade de (tua) vida” (Imitação de Maria, Liv. II, Cap. XXXIII).

Não. Porque “quem possui os Dons úteis ao próximo (os Caris­mas Extraordi­nários), mas não tem a Caridade é como que um sino ou um címba­lo (I Cor. 13, 1-4): é nada diante de Deus. Todas as obras e prodígios huma­nos de nada valem para a vida eterna se não forem feitos na Gra­ça Di­vina, isto é, na Caridade que, mesmo sem os Dons, leva à vida eterna” (D. Vi­cente M. Zioni, ob. cit.).

Não. Porque São Francisco de Sales afirma: “... mas digo que aque­le que no seu ar­roubo tem mais claridade no entendimento para admirar a Deus do que calor na vontade para amá-lO, deve estar alerta, porque aí há perigo de que esse êxtase seja falso, e torne o espírito mais enfatuado do que edifi­cado, co­locando-o realmente como Saul, Balaão e Cai­fás, entre os Profetas (I Rs. 10, 11; Núm. 22; S. Jo. 11, 51), mas deixando-os, não obs­tante, entre os ré­probos” (“Tratado do Amor de Deus”, Liv. VII, Cap. VI).

Não. Porque “todos os justos possuem, Graça Habitual, conjunta­mente com as Virtudes e os Dons inseparáveis dela; porém, as Gra­ças gra­tis datae são mercês que se fa­zem aos destina­dos a exercer algum ministé­rio. Nestes costumam andar unidas, mas tam­bém podem estar sepa­radas, como sucedeu com Judas, que era malvado, e, apesar disso, possuía as Graças gratis da­tae conferidas a todos os Apóstolos” (R. Pe. Tomás Pègue, O.P., ob. cit.).
 
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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".
 

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