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"Uma vez que, como todos os fiéis, são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm a OBRIGAÇÃO e o DIREITO, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente através deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito" (S.S. o Papa Pio XII, Discurso de 20 de fevereiro de 1946: citado por João Paulo II, CL 9; cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 900).

sábado, 10 de dezembro de 2011

O Demônio é capaz de induzir uma pessoa a falar em Línguas Desconhecidas?



Respostas dos Ensinamentos Tradicionais da Igreja Católica

Algumas Seitas Protestantes dizem que sim, mas a dissertação dada sobre o assun­to é confu­sa e contraditória, por isso, preferi não expor para não complicar. A Re­novação Carismá­tica, nesse ponto, é contrária ao pare­cer dos Protestantes. Mas, vejamos o que a Doutrina Católi­ca ensina:

Sim. O Demônio é capaz, por exemplo, nos casos de Possessão Diabóli­ca.


► “Geralmente não se dá a possessão senão nos pecadores; há, con­tudo, exceções, como no caso do Padre Surin que, exorcizando as Ursulinas de Lou­dun, ficou por sua vez possesso (n.c: e poderia acrescentar aqui, aquela moça que o S. Pe. Pio de Pietrelcina não exorcizou, por ser uma vítima expiató­ria).

Como há doenças nervosas, monomanias ou casos de alienação mental, que se aproximam, nas suas manifestações, da possessão diabólica, im­porta dar sinais que a possam dis­tinguir destes fenôme­nos mórbidos.

Ora, segundo o Ritual Romano, há três sinais principais que podem dar a conhecer a possessão: ‘Falar uma língua desconhecida, fazendo uso de muitas palavras dessa língua, ou compreender quem a fala; descobrir coisas remotas e ocultas; dar mostra de energias que ultrapassam as forças natu­rais da idade ou condição. – Estes sinais e outros semelhantes, quando se encontram reunidos em grande número, são os mais fortes indícios da possessão’ (De exorcizandis obsessis a daemonio). Uma palavra para expli­car estes sinais (como estamos tratando da Glossolalia, falaremos só daquilo que se parece com ela).

O uso de línguas desconhecidas. É necessário, para dar o fato por ave­riguado, um exame profundo sobre o sujeito, ver se ele não teve ocasião no pas­sado de aprender algumas palavras dessas lín­guas, se, em vez de articular algum­as frases aprendidas de cor, fala e com­preende uma língua que lhe era ver­dadeiramente desconhecida: Citam-se efetivamente, casos de exaltação mórbida, que despertava na memória línguas esquecidas, ou ao menos fragmen­tos que se haviam escutado: tal aquela criada de um pastor que recitava trechos de Grego ou Hebraico que tinha ouvido ler ao seu amo. – O Ritual é, pois, judicioso, quando diz: ‘ignota lin­gua loqui pluribus verbis vel loquentem intelligere’ ... Não se encon­traram ainda nevróticos que falem línguas desconhecidas, revelem os segredos dos corações ou vaticinem o fu­turo com precisão e certeza. Ora, estes é que são, como dissemos, os verdadeiros sinais da possessão; quando faltam todos, pode-se assentar que se trata de simples nevrose” (Adolfo Tanquerey, ob. cit., Part. II, Liv. III, Cap. III, Art. II, nn. 1537-1542; cfr. R. Pe. Guilherme Vaessen, C.M., “Sata­nás – Sua Natureza, Existência e Atuação”, Cap. XIV; Mons. Cristiani, “Presencia de Satán en el Mundo Moderno”).

Cito alguns brevíssimos exemplos tirados do Livro do Padre G. Vaessen:


Relato do caso dos possessos na Alsácia, da vila d’illfurt, na Alema­nha: “Eram dois meninos irmãos, Thiébaut e José, da família Burner e Foltzer. O pri­meiro tinha 9, o segundo 7 anos... Falavam di­versas línguas, respondendo em francês, latim, inglês e compreenden­do diversos dialetos da França e da Es­panha...”;

E em outro lugar conta o caso da possessa da Província de Placên­cia, na Itália, em 1920, que “faz conferências em línguas estranhas diante de um au­ditório imaginário...”;

Em seguida, relata o caso da possessa de Natal, na África do Sul, em 1906: “(Germa­na) uma jo­vem de 17 anos... compreendia toda espécie de lín­guas e recitava em latim lon­gos trechos das ora­ções dos exorcismos. Quan­do o exorcista se enganava na leitura, ela o corrigia, rindo e zomban­do...”;

E a título de coroamento desta série de relatos, o Autor cita um caso sin­gular de Pacto com o Demônio, presenciado e resolvido pelo grande Santo e Dou­tor Místico, S. João da Cruz: 

“Num mosteiro de Ávila, havia recebido o santo há­bito uma jovem que, desde menina, ti­nha visto o Demônio aparecer-lhe em for­ma de um homem, e tinha ficado seduzida pela aparente beleza, a ponto de lhe dar toda a afei­ção. Dotada naturalmente de espírito muito vivo e conversa espirituosa e atraente, tinha a ambição de aprender e saber tudo. Aproveitando a violenta paixão de que era objeto, o Demônio lhe propôs torná-la eminente em toda a es­pécie de ciência, com a condição de ela obrigar-se, por documento assi­nado com seu sangue, a não ter jamais outro esposo senão ele. Satanás, sem lhe causar a mínima dor, tirou-lhe do braço o sangue suficiente para a assinatura do contrato. Tornada propriedade do Demônio, a infeliz sen­tiu tal ódio a Deus, que chegou a desejar que todos O odiassem. Era a prova de amor que queria dar ao seu espo­so. Já crescida em idade, ou porque não achasse na família meios para abraçar outro estado, ou porque o Demônio quisesse servir-se dela para fazer muito mal às al­mas consagradas a Deus, entrou para o convento onde foi muito bem recebi­da, graças às bri­lhantes esperanças que prometiam seus ta­lentos. O Demônio, com efeito, tinha cumprido suas promessas. Ela falava várias línguas, conhecia as belas artes e discutia sutilezas teológicas. Dotes tão extraordinários, não tarda­ram a suscitar suspeitas. Os Superiores encaminharam-na ao grande Doutor Místico e grande Santo, São João da Cruz. Iluminado pelas luzes do Espí­rito Santo, o servo de Deus concluiu, que se tratava de um caso de possessão, e caso que só se resolveria por exorcismos especiais, visto que pela longa posses­são, o Demô­nio havia adquiri­do sobre ela poder extremamente tenaz, que seria difícil quebrar. Pediram-lhe os Superiores que, uma vez diagnosticado o mal, ti­vesse a bondade de aplicar-lhe o remédio. O Santo desculpou-se, mas, depois de preparar-se pela oração, jejum, a desconfiança de si mesmo e a confiança em Deus, cedeu aos pedi­dos reiterados de seus Superiores. Apenas se achou na pre­sença da posses­sa, esta guardou silêncio ab­soluto: o Demônio tornara-a completamente muda. No segundo exorcismo, Satanás foi obrigado a decla­rar desde quando possuía aque­la alma, o mal que lhe tinha feito e o número de Demônios que a possuía no mo­mento.

Tendo recobrado os sentidos, que perdera durante os exorcismos, ela ex­plicou detalhadamente o deplorável estado de sua alma. O Santo impôs sua von­tade aos Demônios com autoridade tão irresistí­vel, que, não obstante o esfor­ço para não cederem às suas ordens, obri­gou-os a saírem do corpo da víti­ma e a en­tregarem o compromisso por ela assinado: o Demô­nio atirou o papel ao chão e o servo de Deus o lançou ao fogo. Foi assim que o Santo Doutor libertou a religio­sa da possessão do espírito mau e a res­tituiu a Deus e ao seu serviço (cfr. REB, ju­nho de 1957, p. 319)” (ob. cit., Cap. XII,XV-XVIII).

► “O Demônio, de fato, para falar uma língua, não precisa de al­guém que a saiba” (R. Pe. Júlio Maria, “Os Segredos do Espiritismo”, Cap. XIII, Art. X, p. 167, 2ª ed., “Vozes”, 1933).

O ex-pastor batista, Francisco Almeida de Araújo, hoje Diácono e Professor católico, nacionalmente conhecido pelo caso intitulado de “Nossa Senhora do Marrom Glacê”, “conta-nos que, nos Estados Unidos, um pastor, antigo 'missionário' na África, e conhecedor de vários idiomas e dialetos dos africanos, um dia encontrou em sua igreja um grupo de jovens 'falando em línguas'. Mas, tomou um susto ao conhecer que aqueles jovens proferiam blasfêmias contra Nosso Senhor em um dialeto africano que conhecia bem. Era, pois, o Demônio que inspirava aquelas mentes em estado de transe, aquelas blasfêmias” (Folhetos Católicos, nº 11).

Uma parcela do Protestantismo ensina a Renovação Carismática:

Paulo proibia as mulheres de falarem na igreja... A proibição podia referir-se somente ao falar línguas. E as razões estariam ainda na aparência que poderia haver com os cultos pagãos, onde também acontecia um fenômeno semelhante: pessoas em êxtase falavam uma linguagem incom­preensível” (ob. cit., Lição 12, P. 74).


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Fonte: Acessar o ensaio "Elucidário sobre o Dom das Línguas" no link "Meus Documentos - Lista de Livros".

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